Kickstart: What is in it for me?

Este fim de semana foi o Kickstart 1H10, um Weekend Bootcamp para empreendedores, organizado pela SeedCapital em Lisboa. Correu muito bem, recebemos boas sugestões e foi muito útil. Os projectos que vão receber financiamento ainda não são conhecidos mas posso dizer que estamos super entusiasmados com o nosso projecto, mais motivados que nunca e passámos da fase do “ah e tal temos de acreditar que isto vai funcionar” para “agora sabemos o que fazer e como se vai processar”. Temos riscos que estamos a correr claro mas sabemos quais são e isso reduz a incerteza de todo o processo.

Durou Sexta e Sábado o dia todo. Sexta falou-se sobre Estratégia, Modelos de Negócio, Gestão Financeira, Contabilidade e Fisco. Sábado falou-se sobre Criação de Negócios e Marketing.

Já tinha feito o Kickstart Mini-MBA com o Mário Valente e portanto algumas coisas não eram totalmente novas para mim. A parte sobre Marketing ficou a cargo do Patrick van der Walk e posso dizer que simplesmente adorei a talk dele. Claramente conhecer o Patrick e poder trocar impressões com ele é uma valia extremamente grande.

No Sábado à tarde as equipas fizeram o seu “elevator pitch” e também uma apresentação de cerca de 30 minutos sobre os seus projectos ao conselho consultivo da SeedCapital, constituído por pessoas da área financeira, propriedade intelectual, advogados, etc.

Algumas coisas que deu para perceber:

  • Quando se começa a pensar numa ideia para um projecto, que eventualmente pode justificar a criação de uma empresa, nem sempre se tem a noção do que isso implica. Quando se faz os fluxos de caixa, mesmo que em forma de previsão, percebe-se que para ter uma empresa é preciso conseguir um certo volume de negócios para compensar a criação da mesma. Os fluxos de caixa são úteis também para se perceber que investimento inicial é necessário. Deixa de ser uma coisa totalmente inventada e passa-se a ter um plano concreto no papel que permite ver mês após mês se estamos a ir no rumo certo ou se é preciso ajustar alguma coisa, e.g. o esforço de vendas ou o esforço de marketing.
  • Talvez mais importante de tudo foi o ter percebido mais uma vez a importância de sair da zona de conforto e ir falar com as pessoas sobre o que é importante para elas e se a nossa ideia vai resolver um problema real.

O que a SeedCapital está a fazer é diminuir as barreiras à entrada que existem em Portugal para os novos empreendedores tecnológicos. A maior parte das iniciativas do género (IAPMEI, bancos, etc.) são extremamente burocráticas e tratam tudo da mesma forma, seja o vosso negócio uma carrinha de cachorros ou uma coisa tecnológica. Normalmente é logo exigido um plano de negócios e não há ajuda para o elaborar.

A sensação que tenho é que o processo na SeedCapital é mais gradual e faseado. Tendo uma ideia que à partida parece ter potencial aprende-se a que perguntas é preciso saber responder para analisar a sua viabilidade, em oposição ás outras iniciativas onde é preciso responder ás mesmas perguntas (possivelmente mais), sem estar consciente da sua importância e de como chegar ás respostas, e isso é fundamental.

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